ENXAQUECA:
A enxaqueca é um distúrbio neurológico crônico. Ela se caracteriza por dor de cabeça intensa que, geralmente, manifesta-se de forma latejante ou pulsante, com ocorrência periódica. Pode durar entre 4 e 72 horas e, neste período, náuseas, vômitos e intolerância à luz, cheiros e ruídos ocorrem na maioria dos casos. Tais sintomas são consequência da liberação de noradrenalina e de dopamina no organismo. Apenas um lado da cabeça pode ser afetado e perturbações na visão (luzes, pontos escuros, figuras geométricas ou perda de uma parte do campo visual) ou formigamentos podem estar presentes. Estes dois últimos casos caracterizam a enxaqueca aura. Aproximadamente 20% das mulheres, 10% dos homens e 5% das crianças são acometidos por este tipo de cefaleia. É mais frequente em pessoas de raça branca. As causas relacionadas a este mal incluem fatores genéticos, ambientais, hormonais e hábitos alimentares e de vida. Pesquisas recentes apontam que a dieta é o principal fator desencadeante, sendo o jejum e a ingestão de álcool, chocolate, vinho tinto e café os mais frequentes. Problemas do sono, seguido de estresse são as outras duas causas principais. Alergia, poluição, claridade solar, mudanças no tempo, cigarro, ar-condicionado, odores de perfumes, produtos de limpeza e gasolina fazem parte da lista dos fatores ambientais. Vale lembrar que 65% das mulheres apresentam crises de enxaqueca mais intensas e de maior duração durante a época menstrual e que nestas, este é o motivo mais frequente das crises. Em muitos pacientes, determinados sintomas surgem horas ou minutos antes de ocorrer a enxaqueca propriamente dita. São eles: falta de apetite ou desejo por determinados alimentos, como doces; hiperatividade, irritabilidade, bocejos, alterações na memória e raciocínio; sonolência, diarreia, desconforto abdominal ou aura. Para o tratamento, o uso de alopáticos, fitoterápicos, eletrodos e acupuntura são algumas formas de controlar os sintomas da crise que, aliadas a mudanças no hábito de vida da pessoa e alterações na dieta, podem, inclusive, curar a doença. A enxaqueca é o tipo mais frequente e debilitante de cefaleia. Suas causas incluem fatores genéticos hereditários; hábitos de vida e alimentares; presença de ruídos e odores; e questões hormonais, quando se trata de pacientes mulheres. Uma vez que compreende uma série de desequilíbrios químicos que ocorrem no encéfalo, não existe um exame específico para diagnosticá-la. Diante desses fatores, a Sociedade Internacional de Cefaleia criou recentemente alguns critérios diagnósticos para enxaqueca e estes são utilizados por muitos médicos a fim de reconhecê-la. Alguns exames podem, também, ser necessários para a exclusão da existência de outras doenças, como tumores. Para o tratamento, o uso de determinados fármacos, incluindo analgésicos para pacientes que têm mais de três crises por mês, pode ser necessário. Entretanto, tais medidas são, geralmente, paliativas, uma vez que apenas controlam as crises. Fitoterápicos, eletrodos e acupuntura são, também, utilizados para driblar o quadro. Dessa forma, alterações no estilo de vida podem ser capazes de controlar os sintomas ou até mesmo curar. Assim, dormir bem, em horários regulares; não jejuar por mais de cinco horas; ingerir bastante água; não se expor ao Sol, quando este estiver muito forte; evitar exposição a odores fortes e a cigarros; e, no caso das mulheres, acompanhamento ginecológico; são necessários. Quanto à alimentação, procure evitar: - café e alimentos que contenham cafeína; - chocolate e outros alimentos que contenham feniletilamina; - adoçantes com aspartame; - leite de vaca industrializado; - doces em excesso; - pães e massas em geral; - carne de frango, pois pode conter altos teores de antibióticos, hormônios artificiais, entre outros aditivos; - bebidas alcoólicas; - queijos amarelos, devido à tiramina; - frutas cítricas e banana; - corantes como nitritos e nitratos; - confeitos coloridos, devido à anilina; - glutamato monossódico, presente em molhos da cozinha oriental; - produtos industrializados em geral.