07) MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS - HEMORRAGIAS:
DEFINIÇÃO: É a perda de sangue através de ferimentos, pelas cavidades naturais como nariz, boca, etc; ela pode ser também, interna, resultante de um traumatismo. As hemorragias podem ser classificadas inicialmente em arteriais e venosas, e, para fins de primeiros socorros, em internas e externas. HEMORRAGIA ARTERIAL: É aquela hemorragia em que o sangue sai em jato pulsátil e se apresenta com coloração vermelho vivo. HEMORRAGIA VENOSA: É aquela hemorragia em que o sangue é mais escuro e sai continuamente e lentamente, escorrendo pela ferida. HEMORRAGIA EXTERNA: É aquela na qual o sangue é eliminado para o exterior do organismo, como acontece em qualquer ferimento externo,ou quando se processa nos órgãos internos que se comunicam com o exterior, como o tubo digestivo, ou os pulmões ou as vias urinárias. HEMORRAGIA INTERNA: É aquela na qual o sangue extravasa em uma cavidade pré-formada do organismo, como o peritoneu, pleura, pericárdio,meninges, cavidade craniana e câmara do olho. CONSEQUÊNCIAS DA HEMORRAGIA: ·Hemorragias graves não tratadas ocasionam o desenvolvimento do estado de choque e morte.· Hemorragias lentas e crônicas (por exemplo, através de uma úlcera) causam anemia (ou seja, quantidade baixa de glóbulos vermelhos). QUADRO CLINICA: Varia com a quantidade perdida de sangue, velocidade do sangramento, estado prévio de saúde e idade do acidentado. A. Quantidade de sangue perdido. Quanto maior a quantidade perdida, mais graves serão as hemorragias. Geralmente a perda de sangue não pode ser medida, mas pode ser estimada através da avaliação do acidentado (sinais de choque compensado ou descompensado). B.Velocidade Quanto mais rápida as hemorragias, menos eficientes são os mecanismos compensatórios do organismo. Um indivíduo pode suportar uma perda de um litro de sangue, que ocorre em período de horas, mas não tolera esta mesma perda se ela ocorrer em minutos. Não pode ser medida, mas pode ser estimada através de dados clínicos do acidentado. A hemorragia arterial é menos freqüente, mas é mais grave e precisa de atendimento imediato para sua contenção e controle. A hemorragia venosa é a que ocorre com maior freqüência, mas é de controle mais fácil,pois o sangue sai com menor pressão e mais lentamente. As hemorragias podem se constituir em condições extremamente graves. Muitas hemorragias pequenas podem ser contidas e controladas por compressão direta na própria ferida, e curativo compressivo. Uma hemorragia grande não controlada, especialmente se for uma hemorragia arterial, pode levar o acidentado à morte em menos de 5 minutos, devido à redução do volume intravascular e hipoxia cerebral (anemia aguda). A hemorragia nem sempre é visível, podendo estar oculta pela roupa ou posição do acidentado, por exemplo, uso de roupas grossas, onde a absorção do sangue é completa ou hemorragias causadas por ferimentos nas costas quando o acidentado estiver deitada de costas. O sangue pode ser absorvido pelo solo ou tapetes, lavado pela chuva, dificultando a avaliação do socorrista. Por este motivo o acidentado deve ser examinada completamente para averiguar se há sinais de hemorragias. Os locais mais freqüentes de hemorragias internas são tórax e abdome. Observar presença de lesões perfurantes, de equimoses, ou contusões na pele sobre estruturas vitais. Os órgãos abdominais que mais freqüentemente produzem sangramentos graves são o fígado, localizado no quadrante superior direito, e o baço, no quadrante superior esquerdo. Algumas fraturas, especialmente as de bacia e fêmur podem produzir hemorragias internas graves e estado de choque. Observar extremidades com deformidades e dolorosas e estabilidade pélvica. A distensão abdominal com dor após traumatismo deve sugerir hemorragia interna. Algumas hemorragias internas podem se exteriorizar, por vezes hemorragias do tórax produzem hemoptise. O sangramento do esôfago,estômago e duodeno podem se exteriorizar através da hematêmese (vômito com sangue), ou dependendo do volume, através também de melena(evacuação de sangue). Neste caso as condutas do socorrista visarão somente o suporte da vida, principalmente de via aérea e respiração, até o hospital, pois pouco há o que se fazer. A hemorragia recebe nomes conforme o lugar onde se manifesta ou o aspecto onde se apresenta. Tem basicamente duas causas,espontânea ou traumática. No caso da espontânea, geralmente é o sinal de alarme de uma doença grave. A hemorragia causada por traumatismo é a mais comum nos ambientes de trabalho, e dependendo da sua intensidade e localização, o mais indicado é levar o acidentado a um hospital, porém em certos casos pode-se ajudar o acidentado, tomando atitudes específicas, como veremos a seguir. Em casos particulares, um método que pode vir a ser temporariamente eficaz é o método do ponto de pressão. A técnica do ponto de pressão consiste em comprimir a artéria lesada contra o osso mais próximo, para diminuir a afluência de sangue na região do ferimento. Em hemorragia de ferimento ao nível da região temporal e parietal,deve-se comprimir a artéria temporal contra o osso com os dedos indicadores, médios e anular. Ver a localização da artéria No caso de hemorragia no membro superior, o ponto de pressão está na artéria braquial, localizada na face interna do terço médio do braço.Ver localização da artéria.. No caso de ferimento com hemorragia no membro inferior, o ponto de pressão é encontrado na parte interna no terço superior, próximo à região inguinal, que é por onde passa a artéria femoral. Nesta região a artéria passa por trás dos músculos. Usar compressão muito forte para atingir e diminuir a afluência de sangue. Deve-se inclinar para frente, com o acidentado deitada e pressionar com força o punho contra a região inguinal. É importante procurar manter o braço esticado para evitar cansaço excessivo e estar preparado para insistir no ponto de pressão no caso de a hemorragia recomeçar. Conter uma hemorragia com pressão direta usando um curativo simples, é o método mais indicado. Se não for possível, deve-se usar curativo compressivo; se com apressão direta e elevação da parte atingida de modo que fique num nível superior ao do coração, ainda se não for possível conter a hemorragia, pode-se optar pelo método do ponto de pressão. ATENÇÃO: Não elevar o segmento ferido se isto produzir dor ou se houver suspeita de lesão interna tal como fratura. Manter o acidentado agasalhado com cobertores ou roupas, evitando contato com chão frio ou úmido. Não dar líquidos quando estiver inconsciente ou houver suspeita dele são no ventr/abdome. TORNIQUETE: Há casos em que uma hemorragia torna-se intensa, com grande perda de sangue. Estes casos são de extrema gravidade.Nestes casos, em que hemorragias não podem ser contidas pelos métodos de pressão direta, curativo compressivo ou ponto de pressão,torna-se necessário o uso do torniquete. O torniquete é o último recurso usado por quem fará o socorro, devido aos perigos que podem surgir por sua má utilização, pois com este método impede-se totalmente a passagem de sangue pela artéria.Para fazer um torniquete usar a seguinte técnica:· Elevar o membro ferido acima do nível do coração.· Usar uma faixa de tecido largo, com aproximadamente sete centímetros ou mais, longo o suficiente para dar duas voltas, com pontas para amarração.· Aplicar o torniquete logo acima da ferida.·Passar a tira ao redor do membro ferido, duas vezes. Dar meio nó.· Colocar um pequeno pedaço de madeira (vareta, caneta ou qualquer objeto semelhante) no meio do nó. Dar um nó completo no pano sobre a vareta.· Apertar o torniquete, girando a vareta.·Fixar as varetas com as pontas do pano.· Afrouxar o torniquete, girando a vareta no sentido contrário, a cada 10 ou 15 minutos. Devemos estar conscientes dos perigos decorrentes da má utilização do torniquete. A má utilização (tempo muito demorado) pode resultar em deficiência circulatória de extremidade. É absolutamente contra indicado a utilização de fios de arame, corda, barbante, material fino ou sintético na técnica do torniquete.Usar torniquete nos casos de hemorragias externas graves:esmagamento mutilador ou amputação traumática. A fixação do torniquete também pode ser feita com o uso de uma outra faixa de tecido amarrada sobre a vareta, em volta do membro ferido. É importante que se saiba da necessidade de afrouxar o torniquete gradual e lentamente a cada 10 ou 15 minutos, ou quando ocorrer arroxeamento da extremidade, para que o sangue volte a circular um pouco, evitando assim maior sofrimento da parte sã do membro afetado. Se a hemorragia for contida, deve-se deixar o torniquete frouxo no lugar, de modo que ele possa ser reapertado caso necessário. O acidentado com torniquete tem prioridade no atendimento e deve ser acompanhada durante o transporte. É importante lembrar também de marcar e anotar por escrito, de preferência no próprio corpo do acidentado, a indicação de que há torniquete aplicado, o local e a hora da aplicação, assim: TQ BRAÇO 10:15 HEMORRAGIA INTERNA: Os casos de hemorragia interna são também de muita gravidade,devido ao grau de dificuldade de sua identificação por quem está socorrendo. Suspeitar de hemorragia interna se o acidentado estiver envolvido em:· Acidente violento, sem lesão externa aparente· Queda de altura· Contusão contra volante ou objetos rígidos· Queda de objetos pesados sobre o corpo Mesmo que, a princípio, o acidentado não reclame de nada e tente dispensar socorro, é importante observar os seguintes sintomas: a) Pulso fraco e rápido) b)Pele frias) Sudorese (transpiração abundante) d) Palidez intensa e mucosas descorada se) Sede acentuada) Apreensão e medo) Vertigem) Náuseas) Vômito de sangue j) Calafrios) Estado de choquel) Confusão mental e agitação) "Abdômen em tábua" (duro não compressível) n) Dispneia (rápida e superficial) o) Desmaio A conduta deve ser procurar imediatamente atendimento especializado, enquanto se mantém o acidentado deitado com a cabeça mais baixa que o corpo, e as pernas elevadas para melhorar o retorno sanguíneo. Este procedimento é o padrão para prevenir o estado de choque. Nos casos de suspeita de fratura de crânio, lesão cerebral ou quando houver dispneia, a cabeça deve ser mantida elevada. Aplicar compressas frias ou saco de gelo onde houver suspeita de hemorragia interna. Se não for possível, usar compressas úmidas. OUTRAS HEMORRAGIAS Existem hemorragias que nem sempre são decorrentes de traumatismos. São as hemorragias provocadas por problemas clínicos. HEMORRAGIA NASAL ( EPISTAXE ou RINORRAGIA) É a perda de sangue pelo nariz. A hemorragia nasal pode ocorrer por traumatismo craniano. Neste caso, especialmente quando o sangue sai em pequena quantidade acompanhada de liquor, o corrimento não deve ser contido e o acidentado precisa de atendimento especializado com urgência. A hemorragia do nariz é uma emergência comum que geralmente resulta de um distúrbio local, mas pode decorrer de uma grave desordem sistêmica.Em muitos casos a epistaxe não tem causa aparente. Pode ocorrer devido à manipulação excessiva no plexo vascular com rompimento dos vasos através das unhas; diminuição da pressão atmosférica; locais altos;viagem de avião; saída de câmara pneumática de imersão ou sino de mergulho; contusão; corpo estranho; fratura da base do crânio; altas temperaturas; dentre outras. Às vezes pode ocorrer como sintoma de um grave transtorno no organismo que requer investigação imediata, como por exemplo crise hipertensiva. As hemorragias nasais sempre podem ser estancadas. As medidas para contenção devem ser aplicadas o mais rapidamente possível, a fim de evitar perda excessiva de sangue. PRIMEIROS SOCORROS: Ao atender um caso de epistaxe deve-se observar a seguinte conduta:· Tranquilizar o acidentado para que não entre em pânico.· Afrouxar a roupa que lhe aperte o pescoço e o tórax.· Sentar o acidentado em local fresco e arejado com tórax recostado e a cabeça levantada.· Verifique o pulso, se estiver forte, cheio e apresentar sinais de hipertensão, deixe que seja eliminada certa quantidade de sangue.· Fazer ligeira pressão com os dedos sobre a asa do orifício nasal de onde flui o sangue, para que as paredes se toquem e, por compressão direta o sangramento seja contido.· Inclinar a cabeça do acidentado para trás e manter a boca aberta. Sempre que possível aplicar compressas frias sobre a testa e nuca.· Caso a pressão externa não tenha contido a hemorragia, introduzir um pedaço de gaze ou pano limpo torcido na narina que sangra. Pressionar o local.· Encaminhar o acidentado para local onde possa receber assistência adequada.· Em caso de contenção do sangramento, avisar o acidentado para evitar assoar o nariz durante pelo menos duas horas para evitar novo sangramento. Toda hemorragia nasal que ocorre com relativa freqüência, sem causa evidente, requer investigação imediata por profissional qualificado. Toda hemorragia nasal que se segue a contusões na cabeça deve ser investigada imediatamente por profissional qualificado. HEMOPTISE: Hemoptise é a perda de sangue que vem dos pulmões, através das vias respiratórias. O sangue flui pela boca, precedido de tosse, em pequena ou grande quantidade, de cor vermelho vivo e espumoso. Para alguns autores, a excessiva perda de sangue e a insuficiência respiratória são igualadas por poucas condições em suas potencialidades de ameaçar diretamente a vida do acidentado. Neste contexto a hemoptise pode representar um dos mais alarmantes sinais de emergência. Ao contrário da hemorragia externa, a fonte e a causa exatas da hemorragia pulmonar são muitas vezes desconhecidas das vítimas dessa condição, e a sua natureza desconhecida contribui para acentuar o medo. As causas mais freqüentes de hemoptise são: a) Bronquiectasias) Tuberculoses) Abscesso pulmonar) Tumor pulmonares) Estenose da válvula mitral) Embolia pulmonal) Traumatismos) Alergia (poeiras, vapores, gases, etc). O acidentado além dos sintomas anteriormente descritos pode apresentar também palidez intensa, sudorese e expressão de ansiedade e angústia, o que caracteriza a entrada em estado de choque.A seguinte conduta deve ser observada:· Tranquilizar o acidentado e amenizar-lhe o medo.· Deitá-lo de lado para prevenir sufocamento pelo refluxo de sangue.Deixá-lo em repouso.· Recomendar que não fale e nem faça esforço.·Não demonstrar apreensão. Providenciar transporte urgente para local onde possa receber atendimento especializado. HEMATÊMESE: É a perda de sangue através de vômito de origem gástrica (sangramento, por exemplo: úlcera) ou esofagiana (ruptura de varizes esofagianas). O sangue sai só ou junto com resto de alimento. A coloração do sangue pode ser de um vermelho rutilante (raro) ou, após ter sofrido ação do suco gástrico, apresentar-se com uma coloração escura. É a chamada hematêmese em borra de café. A hematêmese é comum em enfermidades como varizes do esôfago,úlcera, cirrose e esquistossomose. PODE TER COMO CAUSAS: Mecânicas ou tóxicas (arsênico, sulfureto de carbono, mercúrio) ou inflamatórias. Toda hemorragia interna que demora a se exteriorizar pode ser identificada pelos seguintes sinais: palidez intensa, distensão abdominal,extremidades frias e úmidas, pulso rápido e fraco. Quando se exterioriza o sangramento, os sinais são os mesmos, acrescidos dos sintomas: fraqueza, tontura, enjoo, náusea antes da perda de sangue, vômitos com sangue escuro e desmaio. Proceder de acordo com a seguinte conduta:· Manter o acidentado em repouso em decúbito dorsal (ou lateral se estiver inconsciente), não utilizar travesseiros.·Suspender a ingestão de líquidos e alimentos.· Aplicar bolsa de gelo ou compressas frias na área do estômago.· Encaminhar o acidentado para atendimento especializado no NUST. ESTOMATORRAGIA: É o sangramento proveniente da cavidade oral/bucal. Proceder à compressão da área que está sangrando, usando uma gaze ou pano limpo até estancar a hemorragia. Dependendo do volume do sangramento e das dificuldades para estancá-lo, deve-se procurar atendimento especializado imediatamente. Sugerir o acidentado que procure socorro especializado do NUST mesmo que a hemorragia tenha sido contida. No caso de hemorragia dentária deve-se colocar um rolo de gaze,ou atadura, ou um lenço enrolado e apertar fortemente o local que sangra contra a arcada dentária até a contenção do sangramento. Isto pode ser feito com a mão ou o paciente mordendo a compressa de tecido. MELENA e ENTERORRAGIA: É a perda de sangue escuro, brilhante, fétido e com aspecto de petróleo, pelo orifício anal, geralmente provocada por hemorragia no aparelho digestivo alto (melena) ou no aparelho digestivo baixo (enterorragia - sangue vivo). Assim com a hematêmese, este tipo de sangramento é também originado por doença gástrica ou devido rompimento de varizes esófago gástricas, cirrose hepática, febre tifoide,perfuração intestinal, gastrite hemorrágica, retocolite ulcerativa inespecífica, tumores malignos do intestino e reto, hemorroidas e outras.Obedecer aos seguintes procedimentos:· Tranquilizar o acidentado e obter sua colaboração.·Deitar o acidentado de costas.· Aplicar bolsa de gelo sobre o abdômen, na região gástrica e intestinal.· Aplicar compressas geladas na região anal (sangramento por hemorroidas).· Encaminhar o acidentado para atendimento especializado com urgência. METRORRAGIA: É a perda anormal de sangue pela vagina. Este tipo de hemorragia pode ter causas variadas:a) Abortamento, provocado ou não. b) Hemorragias do primeiro trimestre da gravidez (gravidez ectópica e outras). c) Traumatismos causados por violências sexuais (estupro) acidente) Tumores malignos do útero ou da vulva (carcinomas) e) Hemorragia pós-parto, ocasionada pela retenção de membranas placentárias, ruptura e traumatismos vaginais devidos ao parto ou não .f) Distúrbio menstrual Toda hemorragia durante a gravidez é anormal, podendo representar sério risco tanto para a gestante quanto para o feto. Por isto, o acidentado deve ser encaminhada para receber assistência médica tão logo lhe sejam prestados os primeiros socorros. Conduta no caso de hemorragias de vítimas reconhecidamente grávidas, ou com suspeitas de gravidez admitida: 1.Manter a gestante em repouso, deitada, aquecida e tranquiliza-la. 2.Impedir sua deambulação e qualquer forma de esforço. 3.Conservar a totalidade do sangue e dos produtos expulsos do útero para mostrar ao médico. 4. Encaminhar para assistência médica ou serviços de saúde.5. Prevenir o estado de choque. No caso de sangramento acompanhar-se de forte dor abdominal,deve-se suspeitar de gravidez ectópica (extra uterina). Neste caso o acidentado deve ser transportado com urgência para hospitalização e o transporte deve ser feito com o acidentado em repouso, se possível deitado e aquecido. Não administrar alimentos líquidos ou sólidos. Nestes casos, suspeita de prenhes ectópica rôta. ATENÇÃO PARA OS SINAIS DE CHOQUE: Conduta no caso de hemorragias não relacionadas com a gravidez: 1.Investigar o mais completamente possível a história para descarta ruma possível gravidez. 2.Mantê-la em repouso, deitada e procurar tranquiliza-la.·Impedir deambulação e qualquer forma de esforço.· Aplicar absorvente higiênico externo.· Aplicar bolsa de gelo ou compressas geladas sobre a região pélvica(baixo ventre).· Encaminhar para assistência especializada. OTORRAGIA: É o sangue que sai pelo conduto auditivo externo. Pode ser causada por ferimento no ouvido externo, contusão por corpo estranho e trauma. Os traumatismos cranianos podem provocar hemorragia pelo ouvido,quando então, geralmente o sangue vem acompanhado de liquor. Não se deve estancar este tipo de hemorragia, e a procura de socorro médico nestes casos deve ser urgente. Nas otorragias simples, pode-se introduzir no ouvido um pequeno pedaço de gaze e deixá-lo no local até que a hemorragia pare. É sempre conveniente encaminhar o acidentado para atendimento especializado do NUST, para esclarecimento. HEMATURIA: É a perda de sangue juntamente com a urina. Pode ocorrer em conseqüência de traumatismo com lesão do aparelho urinário (rins, ureter, uretra, bexiga) ou em caso de doença como nefropatia, cálculo,infecção, tumor, processo obstrutivo ou congestivo e após intervenção cirúrgica no trato urinário. Pode ser classificada em macroscópica ou microscópica, se é visível a olho nu ou não, e em inicial, total e terminal, de acordo com a fase de micção em que aparece. Encaminhar o acidentado para atendimento especializado.