012) MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS - EMERGÊNCIA CLINICA - CRISE HIPERTENSIVA:
CRISE HIPERTENSIVA: Apesar dos atuais conhecimentos sobre a fisiopatologia e a terapêutica da doença hipertensiva, sua evolução é eventualmente marcada por episódio de elevação súbita e acentuada da pressão arterial,representando uma séria e grave ameaça à vida. O aumento rápido e excessivo da pressão arterial pode evidenciar-se pelos seguintes sintomas:· Encefalopatia.·Cefaleia intensa, geralmente posterior e na nuca.· Falta de ar.· Sensação dos batimentos cardíacos (palpitação).· Ansiedade, nervosismo.· Perturbações neurológicas, tontura e instabilidade. Zumbido.· Escotomas cintilantes (visão de pequenos objetos brilhantes).· Náusea e vômito podem estar presentes. Pessoas previamente hipertensas apresentam, na crise, níveis depressão diastólica (ou mínima) de 140 ou 150 mm Hg ou mais. Em alguns casos, o aumento repentino tem mais importância do que a altura depressão diastólica, surgindo sintomas com cifras mais baixas, em torno de 100 ou 110 mm Hg. Em ambos os casos as cifras sistólicas (ou máxima)apresentam-se elevadas. Existem alguns fatores de risco predispõem pessoas não hipertensas,a terem crises hipertensivas, são eles: ·Glomerulonefrite (inflamação no interior dos rins)· Pielonefrite (inflamação do sistema excretor renal)· arteriosclerose·diabete· sedentarismo e obesidade· liberação de catecolaminas secretadas por tumores das glândulas supra-renais (feocromocitomas)· ingestão de inibidor da monoaminoxidase· colagenose· toxemia da gravidez (pré-eclâmpsia leve e pré-eclâmpsia grave)· mulheres após a menopausa· fumo· dieta rica em sal e gorduras. Todos os sintomas e sinais de crise hipertensiva podem evoluir para acidente vascular cerebral, edema agudo do pulmão e encefalopatia. A encefalopatia é uma síndrome clínica de etiologia desconhecida. Ela é causada pela resposta anormal da auto-regulação circulatória cerebral, em decorrência de elevação súbita ou acentuada da pressão arterial. Esta síndrome é geralmente caracterizada por: Cefaleia intensa, generalizada de início súbito e recente; náusea; vômito; graus variados de distúrbios da consciência como sonolência, confusão mental, obnubilação e coma; distúrbios visuais e perturbações neurológicas transitórias como convulsões, afasia (ausência da fala), dislalia (dificuldade de falar), hemiparesia e movimentos mioclônicos nas extremidades. PRIMEIROS SOCORROS: A gravidade potencial da crise hipertensiva exige tratamento imediato, já que a reversibilidade das possíveis complicações descritas está condicionada à presteza das medidas terapêutica. O objetivo inicial do tratamento a ser feito por médico é a rápida redução das cifras tensionais. O atendimento é essencialmente especializado e a principal atitude de quem for prestar os primeiros socorros é a rápida identificação da crise hipertensiva e remoção da vítima. Para identificar a crise, mesmo sem verificar a pressão arterial, deve-se conhecer os sintomas já descritos. Procurar saber se a vítima já é hipertensa, há quanto tempo, e que medicamentos usa. A remoção para atendimento especializado deve ser urgente.