PROTOCOLO DE PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS:
PORQUE ESTABELECER PROTOCOLOS: Para que todos os pacientes que são atendidos em nosso hospital tenham o atendimento mais seguro, eficaz e de melhor qualidade disponível. Para que possamos prever os recursos necessário à adequada realização dos procedimentos, utilizando racionalmente tudo que temos. Para tornar a rotina mais fácil e ágil. Para facilitar o processo de ensino-aprendizagem em UNIDADE DE SAÚDE. DICAS GERAIS PARA DILUIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: EQUIVALÊNCIA 1ml = 20 gotas = 60 microgotas 1 microgota/minuto = 1 ml/hora 1 mg = 1000 mcg = 1000 µg RECOMENDAÇÕES GERAIS: Conservação Siga rigorosamente as informações do fabricante quanto às condições de armazenamento (temperatura, luminosidade, etc.). Lembre-se! A temperatura ambiente em nosso Estado é muito elevada. Portanto devemos manter as áreas de armazenamento de medicamentos climatizadas (22 a 25 °C), com controle e registro diário da temperatura. A temperatura ideal de armazenamento de medicamento em geladeira é de 2 a 8 °C. A geladeira onde os medicamentos são armazenados deverá ser exclusiva para essa finalidade. O mesmo princípio ativo, quando produzido por diferentes fabricantes Poderá apresentar condições diferentes de armazenagem. PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: A lavagem das mãos deve preceder todos os procedimentos envolvidos no preparo de medicamentos. Medicamentos incompatíveis não devem ser misturados entre si ou em solução, devendo também ser evitada a administração simultânea no mesmo horário ou via. Quando for necessária a administração simultânea de dois medicamentos injetáveis verifique se eles são compatíveis. Caso não sejam, prepare cada um separadamente; entre a administração do primeiro medicamento e do segundo, administre 10 a 20 ml de água destilada e somente em seguida administre o outro medicamento. Se o medicamento contiver um princípio vasoativo administrado de forma contínua, não interrompa. Verifique a possibilidade de escolher outra via de acesso para a administração do medicamento. Na impossibilidade de outra via, evite infusões simultâneas prolongadas. Não é recomendável a administração simultânea de qualquer medicamento com hemoderivados e hemocomponentes. Antes de administrar qualquer medicamento, assegure-se de que ele está na temperatura ambiente, evitando dessa forma a ocorrência de hipotermia. Durante a reconstituição, diluição e administração dos medicamentos, observe qualquer mudança de coloração e formação de precipitado ou cristais. Caso ocorra um desses eventos, interrompa o processo, procure a orientação do Farmacêutico e notifique para a Gerência de Riscos (Formulário amarelo). Quando o medicamento for administrado pela via IM não realize a mistura de medicamentos na mesma seringa. Somente os comprimidos apresentando sulcos poderão ser partidos. Essa marca no comprimido nos indica onde podemos parti-lo. Portanto, se temos 1 sulco, só podemos partir o comprimido em 2 (1/4 )e se temos 2, poderemos partir o comprimido em 4 (1/2 ). Os medicamentos de liberação prolongada (SR, AP, etc) não deverão ser triturados, quebrados ou divididos. EM CASO DE DUVIDAS, ENTRE EM CONTATO COM O FARMACÊUTICO DE SUA UNIDADE HOSPITALAR. Todos os produtos fotossensíveis deverão ser protegidos da luz durante a sua infusão, para tanto, utilize o equipo fotossensível apropriado. Não utilize agulhas como respiros em tubos de soro ou frascos de soluções, pois esta prática leva á contaminação da solução. VELOCIDADES DE INFUSÃO PARA VIA ENDOVENOSA: EV Bolus ou Push Em até 1 minuto EV Rápido Em até 1 minuto EV Lento Entre 1 e 30 minutos EV Contínua Entre 30 e 60 minutos EV Intermitente Acima de 60 minutos e contínua ESTABILIDADE DOS MEDICAMENTOS APÓS A RECONSTITUIÇÃO E DILUIÇÃO: Reconstitua e dilua os medicamentos, de preferência, imediatamente antes do uso. Verifique a estabilidade pós-reconstituição/diluição junto ao fabricante do produto que você está utilizando. ARMAZENAMENTO PÓS DILUIÇÃO: Caso necessite armazenar o medicamento após reconstituição e/ou Diluição utilize etiqueta de identificação com no mínimo as seguintes Informações: NOME DO MEDICAMENTO: RESPONSÁVEL PELA MANIPULAÇÃO: NOME E NÚMERO DO REGISTRO PROFISSIONAL: DATA: HORA: DILUENTE: DROGA: A etiqueta deverá estar legível. Utilize preferencialmente letras maiúsculas para o preenchimento. SUGESTÃO DE ROTINA PARA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS INJETÁVEIS: 1. Antes de iniciar o preparo do medicamento leia atentamente a prescrição médica e confira os dados do rótulo do fármaco com os da prescrição. 2. Verifique na prescrição o tipo de diluente recomendado e a via de administração. 3. Confira, no protocolo, se o diluente sugerido é adequado ao produto ou ligue para a Farmácia. 4. Selecione previamente todo o material necessário para realizar a diluição do medicamento, evitando que tenha que interromper o procedimento de diluição. 5. Lave as mãos com água e sabão e seque-as com papel-toalha, seguindo a técnica recomendada. 6. Dilua um medicamento de cada vez. 7. Jamais coloque sobre a bancada de diluição mais de um produto, evitando dessa forma que ocorram erros e troca de medicamentos. 8. Após a diluição, alguns medicamentos podem ser guardados para serem utilizados posteriormente. Nestes casos, identifique corretamente o frasco do medicamento e acondicione-o conforme a indicação do protocolo. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Administre somente medicamento que esteja prescrito pelo médico assistente. Quando você descumpre esta regra, está se responsabilizando integralmente por qualquer dano, decorrente deste ato que, por ventura, venha a ocorrer com o paciente. ATENÇÃO: Nem todo medicamento pode ser diluído com soro fisiológico e nem todo medicamento pode ser guardado na geladeira. Siga as orientações dos fabricantes OU O FARMACÊUTICO DA UNIDADE DE SAÚDE. COMO E PORQUE NOTIFICAR REAÇÕES ALÉRGICAS: POR QUE NOTIFICAR? Para permitir a identificação de reações adversas não detectadas durante a fase pré-comercialização do medicamento. O Ensaio clínico controlado e randomizado é considerado o padrão ouro para estudos de eficácia dos medicamentos, porém devido à sua própria estrutura (número limitado de pacientes, seguimento da terapêutica, etc.) na grande maioria das vezes não permite a identificação de reações adversas graves e raras, pois para elas se manifestarem faz-se necessário a utilização do medicamento por milhares de pessoas, que é o que se vê quando o produto é autorizado para comercialização. 7 de cada 100 pacientes hospitalizados vão sofrer uma RAM séria durante sua internação. E 3 de cada 1000 pacientes 35 hospitalizados morrerão em função de uma RAM. (REAÇÃO ALÉRGICA MEDICAMENTOSA) OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SÃO OS PRINCIPAIS ATORES NA VIGILÂNCIA PÓS-COMERCIALIZAÇÃO. É NA CONDUTA DIÁRIA QUE PODEM SER OBSERVADOS AS REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS. O QUE NOTIFICAR? Todas as suspeitas de reação adversa a qualquer medicamento, em especial aquelas que causaram a internação do paciente ou a prolongaram, reações graves, reações não descritas em bula e reações à medicamentos com menos de 5 anos no mercado, assim como suspeitas de ineficácia medicamentosa. NÃO DEIXE DE NOTIFICAR CASO NÃO TENHA CERTEZA SE O PROBLEMA FOI REALMENTE CAUSADO PELO MEDICAMENTO.