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MONITORAÇÃO EM UTI - UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA:


Por acharem ser um ambiente mórbido, escuro e sombrio, muitas pessoas ao ouvir a palavra UTI, já pensa que é o fim de toda uma vida. Mais não é bem assim! UTI - Unidade de Terapia Intensiva, nada mais é, do que da uma assistência diferenciada a pacientes realmente críticos ou com suspeita de agravo em sua sua saúde, sendo assistida 24horas com todo o cuidado necessário para que aquele paciente saia de lá com sua saúde estabilizada e prossiga em sua rotina de vida normalmente. Uma Unidade de Terapia Intensiva conta com diversos profissionais capacitados para dar esse suporte como MÉDICOS, TÉCNICO EM ENFERMAGEM, ENFERMEIROS, NUTRICIONISTA, FISIOTERAPEUTAS e FONOAUDIÓLOGOS, todos atentos para realizar um tratamento correto e eficaz EM UM COMUM ACORDO. Durante sua estadia em uma Unidade de Terapia Intensiva, paciente mais graves e com risco de morte, são submetidos a tratamentos mais pesados e uma monitoração mais rígida pela parte médica e técnica tanto do enfermeiro quanto do técnico em enfermagem, mais do TÉCNICO EM ENFERMAGEM que estará em suas 12 horas de seu plantão, monitorado, observando e cuidando para que não ocorra nenhum tipo de intercorrência com o paciente. Entre este tratamento e esta monitoração, fora os antibióticos, medicações simples e drogas vasoativas continuas em bombas de infusão, existem aqueles mais complexo que exige do profissional técnico em enfermagem, um conhecimento mais profundo, porque aparelhos estão literalmente ligados ao paciente através de punções arteriais e cerebral como: P.A.I: PRESSÃO ARTERIAL INVASIVA: B.I.A: BALÃO INTRA AÓRTICO: P.I.C: PRESSÃO INTRACRANIANA: D.V.E: DERIVAÇÃO VENTRICULAR EXTERNA: P.I.A PRESSÃO INTRA ABDOMINAL: Esses tipos de sistemas invasivos são indispensáveis para uma monitoração mais rígida e da a equipe médica e multidisciplinar os parâmetros adequados para um tratamento mais rigoroso e uma sobre vida a mais ao paciente: PARÂMETROS INVASIVOS - MONITORAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: PAI: PRESSÃO ARTERIAL INVASIVA: MONITORAÇÃO HEMODINÂMICA: Procedimento invasivo, onde se cânula um cateter (cateter de Swan-Ganz) na artéria pulmonar, com o objetivo de direcionar a terapêutica, elucidar e diferenciar o diagnóstico. INDICAÇÕES Indicações no campo cirúrgico Cirurgias de grande porte, ex: cardiacas politraumatismo Indicações no campo clínico IAM Desordens respiratórias agudas SARA Choque Sepse TIPOS DE CATETERES: Swan Ganz por termodiluição Swan Ganz débito continuo (Vigilance) PreSep (saturação venosa) Vigileo (monitorização por linha arterial) CATETER - Swan Ganz É um cateter de fluxo dirigido que possui 4 terminais: Via distal: se localiza na extremidade do cateter, e se posiciona dentro da artéria pulmonar. Via proximal: termina a 30 cm acima do orifício distal, se posiciona no Átrio direito. Termistor: localiza-se na ponta do cateter onde se conecta o computador, o qual é responsável pelas informações das variáveis hemodinâmicas. Balonete: localizado na extremidade distal é responsável pela migração do cateter até a artéria pulmonar e pela aferição da pressão de oclusão. Aferição contínua da pressão arterial. INDICAÇÕES Hipotensão ou Hipertensão grave. Arritmias graves. Grandes cirurgias cardio-vasculares e neurológicas. Vasoconstrição periférica. Oscilações rápidas de PA. MATERIAL NECESSÁRIO: Monitor de pressão invasiva. Kit introdutor para pressão arterial (radial ou femural). Kit de monitorização. Solução Salina. Bolsa pressórica. Bandeja e material para punção venosa. CUIDADOS DE ENFERMAGEM: Comunicar o cliente o procedimento Posicionar o cliente no leito Identificar o monitor com o nome do cliente, idade e os dados antopometricos Providenciar o material e montar kit de monitorização manter próximo ao leito material de emergência Posicionar o dome do kit de monitorização na altura da linha média axilar; cabeceira a “0” graus ou com a menor inclinação que o cliente suportar. Zerar o sistema antes de iniciar o procedimento O “zero” do sistema está relacionado à posição da torneira do dome com a linha média axilar. Quando a posição não está correta, os valores da curvas não são fidedignos. Não pode haver presença de bolhas de ar no dome. As conexões devem estar corretamente vedadas e limpas. A via distal deve ser mantida aberta, pois é através dela que se avalia a PAP. A insuflação do balonete não deve ser superior a 1,5ml de ar e, não se deve insuflar líquidos no balonete. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: Realizar curativo diariamente Trocar kit de monitorização a cada 72 horas Não manter balonete insuflado após avaliação da CAP Ao se manipular o cliente no leito deve-se tomar cuidado para não tracionar o cateter Zerar o sistema antes de aferir o DC O procedimento, as trocas de curativos, assim como as condições do local da inserção devem ser registradas em folha de evolução de enfermagem. Avaliação de débito continuo, diretamente de canulação arterial através de uso de um dispositivo sensor (Flo Trac) Verificar se o Kit de monitorização está posicionado na linha media axilar antes de proceder a avaliação das pressões Promover flush da solução salina (mínimo 4 vezes ao dia) Curativo, com técnica asseptica – troca 24 h. OBSERVAR E ESTA ATENTO: Dor local. Hematoma Hemorragia Infecção Laceração Pseudo-aneurisma Isquemia COMPLICAÇÕES: A . Relacionada à inserção Hematoma (venoso ou arterial) Trombose Pneumotórax Infecção localizada do sitio de punção B . Relacionadas ao avanço do cateter Arritmias supraventriculares e ventriculares BAVT (bradicardia átrio-ventricular total) associado geralmente à pacientes com BRE (bloqueio de ramo esquerdo) prévio Nó do cateter C . Relacionadas com a permanência Ruptura da artéria pulmonar Infarto pulmonar Trombose de artéria pulmonar Endocardite. BIA: BALÃO INTRA AÓRTICO: É um dispositivo de assistência circulatória mecânica utilizado nos casos de falência ventricular INDICAÇÕES: O choque cardiogênico Os graus mais severos da insuficiência ventricular esquerda, angina instável. Dificuldade de interromper a circulação extracorpórea, após a cirurgia cardíaca Choque séptico. CONTRA INDICAÇÃO: Insuficiência aórtica; Dissecção aórtica; Doença vascular periférica severa Lesão cerebral irreversível. MATERIAL MÉDICO: Mascara Gorro Luva esteril Cateter Bandeja para punção venosa Kit de monitorização para PAM Monitor PROCEDIMENTOS: O cateter balão é posicionado na Aorta Torácica descendente, logo abaixo da origem da Artéria Subclávia Esquerda, inflado/desinflado de forma sincrônica com , o ciclo cardíaco, usualmente com 40 ml da gás Hélio do reservatório de um console ao qual o cateter é conectado. Ciclo Pode ser ciclado pelo ECG ou pela curva de pressão arterial. No primeiro caso, o balão é programado para inflar simultaneamente com o pico da onda T e é desinflado durante o segmento P-R . Complicações Isquemia da Extemidade Distal Formação de Pseudo-Aneurisma, hematoma ou infecção local, dissecção ou perfuração Aórtica, Ilíaca, Renal ou Mesentèrica, Tromboembolismo ruptura do balão. CUIDADOS DE ENFERMAGEM: Avaliar PA Avaliar fluxo arterial Aquecimento de MMII Curativos Observar volume do gas Helio PIC: PRESSÃO INTRACRANIANA: VALORES DA PIC: 0 à 10 mmHg = Valor normal da PIC. 10 À 20 mmHg = Valor tolerável PIC > 45 mmHg = disfunção elétrica e distúrbios de FSC. PIC de 45 a 60 mmHg = taxa de mortalidade nas primeiras 48 h é de 100%. INDICAÇÕES: HIPERTENSÃO CRANIANA: Causas: Massas intracranianas ( tumores, abcessos e hematomas). Aumento de líquido intracelular (hipóxia, infarto,traumatismos e meningoencefalites). Edema extracelular ( infecções, traumatismos, hemorragia subaracnóide, vasculites). Expansão descompensada do volume sangüíneo intracraniano ( hipercapnia, obstruções venosas). Aumento do volume de LCR Consequências de aumentos drásticos da PIC: Isquemia Desvios de encéfalo. Possível herniação. CUIDADOS DE ENFERMAGEM: PORQUE SERÁ O SISTEMA? Para que a leitura do valor da pressão tenha resultado verdadeiro. Para que o sistema de drenagem externa de LCR, drene apenas o necessário para manter os valores da PIC aceitáveis. Posição da cabeça neutra, 30 a 40 graus para permitir melhor retorno venoso. Manter a PAM = 100 à 160 mmHg Manter PPC > 70 mmHg. Sedação adequada. Lidocaína antes de aspirar e mobilizar o paciente. Controle da temperatura corporal e hipotermia PaCo2 35 à 37 mmHg. Manitol a 20% Manter o sistema devidamente zerado. Monitorizar e registrar o volume e aspecto do LCR drenado a cada 6 h. Não abrir o sistema. Curativo diário na insersão do catéter. Realizar a coleta do LCR para cultura com técnica asséptica. DVE: DERIVAÇÃO VENTRICULAR EXTERNA: Acesso ao sistema ventricular por insersão de cateter que permite a drenagem de LCR para alívio transitório da HIC. Posicionamento adequado do sistema de drenagem. Ponto zero: Insersão do pavilhão auricular, coincidindo com o ponto zero indicado na escala. Observar o ajuste do limite de pressão, indicado na escala pelo posicionamento da altura do cilindro graduado. COMPLICAÇÃO DO MAU POSICIONAMENTO DA DVE: Pressões intracranianas acima dos valores tolerados: Isquemia cerebral , herniação. Drenagem de LCR em grandes volumes: colapso dos ventrículos. PIA: PRESSÃO INTRA ABDOMINAL: CONCEITO: Avaliar a síndrome do compartimento abdominal,comprometimento do influxo vascular e viabilidade funcional dos tecidos num espaço anatômico fechado. Auxilia no diagnostico e terapêutica dos pacientes com trauma abdominais. VALORES: Aumento: Induzida pelo conteúdo abdominal e pela flexibilidade da parede abdominal (Complacência). Normal: Zero mmHg ou discretamente subatmosférica em ventilação espontânea. Discretamente positiva durante ventilação mecânica. ESCALA BURCH: GRAU I: 10 - 15 mmHg GRAU II: 16 - 25 mmHg GRAU III: 26 - 35 mmHg GRAU IV: > 35 mmHg INDICAÇÃO: Sepse Abdominal. Síndrome do compartimento abdominal. sepse pos cirurgia abdominal. Aneurisma de Aorta abdominal complicado. Infarto mesenterico. alça perfurada com sepse SINAIS CLÍNICOS: Distensão abdominal Aumento da pressão abdominal Oligúria Aumento da pressão de pico inspiratório Hipercarbia Hipoxemia refratária à PEEP Acidose metabólica refratária Aumento da pressão intracerebral (PIC) MATERIAL E TÉCNICA USADA NA PIA: Montar o kit para monitorização com SF0,9% - 250 ml sem heparina. Conectar uma tree-way ao lado da já existente no kit Adaptar seringa de 50 ml a primeira tree-way(do kit) Conectar o soro ao equipo e, este a outra tree-way Conectar 1 agulha 40 X12 na extremidade distal do kit de monitorização Conectar a agulha ao injetor lateral da sonda vesical, fixando-a com esparadrapo TÉCNICA PARA AFERIÇÃO DA PIA - PRESSÃO INTRA ABDOMINAL: clampiar a sonda vesical, injeta-se 60 ml de soro, observar a curva e valor, após aferir, desclampiar a sonda, Não esquecer de descontar o valor do soro injetado na aferição da diurese. CUIDADOS DE ENFERMAGEM: Nivelar o transdutor da pressão a linha flebostática Aferir a PIA de 6/6 h Comunicar as alterações de valores imediatamente ao plantonista. Não esquecer de descontar do débito urinário o valor do soro injetado. UMA BOA OBSERVAÇÃO, ANOTAÇÃO E MONITORAÇÃO DO PACIENTE FAZ UMA GRANDE DIFERENÇA EM SEUS CUIDADOS, EM SUA ASSISTÊNCIA E NA QUALIDADE DE VIDA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UMA UNIDADE DE SAÚDE. NUNCA TENHA VERGONHA DE OBSERVAR, QUESTIONAR E PERGUNTAR SOBRE OS PROCEDIMENTOS REALIZADOS DENTRO DA UNIDADE, QUESTIONE VALORES, PORQUE DISSO OU DAQUILO E CASO VENHA A REALIZAR AS AFERIÇÕES E CASO SEJA A SUA PRIMEIRA VEZ, LEMBRE-SE SEMPRE DE ESTA AO LADO DE UM PROFISSIONAL EXPERIENTE PARA REALIZAR O PROCEDIMENTO E ASSIM APRENDER A REALIZAR O MESMO.


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