022) MATERNO INFANTIL - CADERNETA DA SAÚDE DA CRIANÇA: CUIDANDO DA SEGURANÇA DA CRIANÇA: PREVENINDO
CUIDANDO DA SEGURANÇA DA CRIANÇA: PREVENINDO ACIDENTES E VIOLÊNCIAS: PREVENINDO ACIDENTES: À medida que a criança vai crescendo, faz parte do seu desenvolvimento a curiosidade; movimentar-se em busca de novas descobertas passa a ser constante no seu dia a dia, o que aumenta o risco de sofrer acidentes. Atitudes simples com supervisão contínua podem impedir acidentes, que podem matar ou deixar sequelas, comprometendo as outras fases do ciclo de vida. DE 0 A 06 MESES: QUEDA: Proteja o berço e o cercado com grades altas, com, no máximo, 6 cm entre elas; não deixe a criança sozinha em cima de móveis, nem sob os cuidados de outra criança. QUEIMADURAS: No banho, verifique a temperatura da água (ideal 37ºC); não tome líquidos quentes nem fume enquanto estiver com a criança no colo. SUFOCAÇÃO: Nunca use talco; ajuste o lençol do colchão, cuidando para que o rosto do bebê não seja encoberto por lençóis, cobertores, almofadas e travesseiros; utilize brinquedos grandes e inquebráveis. AFOGAMENTO: Nunca deixe a criança sozinha na banheira. MEDICAMENTOS: Nunca dê à criança remédio que não tenha sido receitado pelo médico. ACIDENTE NO TRANSITO: O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina que a criança, nesta idade, deve ser transportada no bebê-conforto ou conversível. Cadeira em forma de concha, levemente inclinada, colocada no banco de trás, voltada para o vidro traseiro, conforme orientações do fabricante. DE 06 MESES A 01 ANO: Todos os cuidados anteriores devem ser mantidos. Nessa faixa de idade, a criança começa a se locomover sozinha, está mais ativa e curiosa. QUEDAS: Coloque redes de proteção ou grades nas janelas que possam ser abertas; ponha barreiras de proteção nas escadas; certifique-se de que o tanque de lavar roupas está bem fixo, para evitar que ele caia e machuque a criança. QUEIMADURAS: Cerque o fogão com uma grade; use as bocas de trás; deixe os cabos das panelas voltadas para o centro do fogão; mantenha a criança longe do fogo, do aquecedor e do ferro elétrico. SUFOCAÇÃO: Afaste, da criança, sacos plásticos, cordões e fios. AFOGAMENTOS: Não deixe a criança sozinha perto de baldes, tanques, poços e piscinas. CHOQUE ELÉTRICO: Coloque protetores nas tomadas; evite fios elétricos soltos e ao alcance da criança. INTOXICAÇÃO: Mantenha produtos de limpeza e/ou medicamentos fora do alcance da criança, colocando-os em locais altos e trancados. ACIDENTE DE TRANSITO: O CTB determina que a criança, nesta idade, deve ser transportada no bebê-conforto ou conversível – cadeira em forma de concha, levemente inclinada, colocada no banco de trás, voltada para o vidro traseiro, conforme orientações do fabricante. DE 01 A 02 ANOS: Todos os cuidados anteriores devem ser mantidos. A criança já anda sozinha e gosta de mexer em tudo. QUEDAS: Coloque barreira de proteção nas escadas e janelas; proteja os cantos dos móveis. SEGURANÇA EM CASA: Coloque obstáculo na porta da cozinha e mantenha fechada a porta do banheiro; não deixe à vista e ao alcance das crianças objetos pontiagudos, cortantes ou que possam ser engolidos, objetos que quebrem facilmente, detergentes, medicamentos e substâncias corrosivas, pois elas gostam de explorar o ambiente em que vivem. ATROPELAMENTO: Saindo de casa, segure a criança pelo pulso, evitando, assim, que ela se solte e corra em direção à rodovia. Não permita que a criança brinque em locais com trânsito de veículos (garagem e próximo à rodovia); escolha lugares seguros (parques, praças e outros). ACIDENTE DE TRANSITO: O CTB determina que, nesta fase, a criança deva ser transportada em cadeira especial no banco de trás, voltada para a frente, corretamente instalada, conforme orientação do fabricante. DE 02 A 04 ANOS: Todos os cuidados anteriores devem ser mantidos. A criança está mais independente, mas ainda não percebe as situações de perigo. ATROPELAMENTO: Na rua, segure a criança pelo pulso, evitando, assim, que ela se solte e corra em direção à rodovia; não permita que a criança brinque ou corra em locais com fluxo de veículos (garagem e próximo à rodovia); escolha lugares seguros para as crianças brincarem e andarem de bicicleta (parques, ciclovias, praças e outros). ACIDENTE DE TRANSITO: No carro, a criança deve usar a cadeira especial no banco de trás, voltada para a frente, corretamente instalada, conforme orientações do fabricante. OUTROS CUIDADOS: Não deixe a criança se aproximar de cães desconhecidos ou que estejam se alimentando. DE 04 A 06 ANOS: Todos os cuidados anteriores devem ser mantidos. Embora mais confiante e capaz de fazer muitas coisas, a criança ainda precisa de supervisão. Converse com ela e explique sempre as situações de perigo. QUEIMADURAS: Crianças não devem brincar com fogo; evite que usem fósforo e álcool; mantenha-as longe de arma de fogo. AFOGAMENTO: A criança não deve nadar sozinha, ensine-a a nadar; não é seguro deixar crianças sozinhas em piscinas, lagos, rios ou mar, mesmo que elas saibam nadar. ATROPELAMENTO: Na rua, segure a criança pelo pulso, evitando, assim, que ela se solte e corra em direção à rodovia. Escolha lugares seguros para a criança brincar e andar de bicicleta (parques, ciclovias, praças e outros). ACIDENTE DE TRANSITO: O CTB determina que, no carro, a criança deve usar os assentos de elevação (boosters), com cinto de segurança de três pontos, e ser conduzido sempre no banco traseiro. OUTROS ACIDENTE: Supervisione constantemente crianças em lugares públicos, como parques, supermercados e lojas; evite o acesso a produtos inflamáveis (álcool e fósforos), facas, armas de fogo, remédios e venenos, que devem estar totalmente fora do alcance das crianças. DE 06 A 10 ANOS: Todos os cuidados anteriores devem ser mantidos. Quase independente, aumenta a necessidade de medidas de proteção e de supervisão nas atividades fora de casa. Explique sempre os riscos que pode correr no dia a dia. QUEDAS: Nunca deixe a criança brincar em lajes que não tenham grade de proteção; ao andar de bicicleta, a criança deve usar capacete de proteção e não circular em ruas que transitam veículos. QUEIMADURAS: Não deixe a criança brincar com fogueiras e fogos de artifício. CHOQUE ELÉTRICO: Não deixe a criança soltar pipa (papagaio, arraia) em locais onde há fios elétricos, devido ao risco de choque de alta tensão. ATROPELAMENTO: Nesta idade, ainda é preocupante os acidentes; por isso, oriente a criança sobre as normas de trânsito. ACIDENTES COM ARMA DE FOGO: Armas de fogo não são brinquedos; evite-as dentro de casa. ACIDENTE NO TRANSITO: O CTB determina que a criança, no carro, após os 7 anos e meio, pode usar apenas o cinto de segurança de três pontos, no banco de trás. Só é permitido, por lei, sentar no banco da frente a partir dos 10 anos e com cinto de segurança. ATENÇÃO: Em casos de acidentes com materiais de limpeza, medicamentos e outros produtos tóxicos, procure urgente um serviço de saúde, ou ligue para o Centro de Informação Toxicológica (0800.780.200). PREVENINDO VIOLÊNCIA: Toda criança tem o direito de crescer e se desenvolver de forma saudável. A criança amada e desejada cresce mais tranquila e tende a se relacionar de forma mais harmoniosa com seus pais/cuidadores e com outras crianças. A exposição de crianças a situações de violência pode comprometer seu desenvolvimento físico, emocional e mental. Quando maus-tratos ocorrem na infância, os prejuízos são maiores que em qualquer outra faixa etária. Como o aprendizado se dá pela imitação do comportamento dos adultos, crianças que assistem e/ou são vítimas de contínuas cenas de violência em casa podem achar que essa é uma forma natural de lidar com os conflitos e, assim, passar a adotar esse modelo de comportamento. OS SEGUINTES SINAIS: Manchas roxas, queimadura de cigarros, mãos queimadas em luvas, secreção/sangue na genitália e ânus, medo do contato físico, choro sem causa aparente, tristeza, isolamento, agressividade, criança faltar à escola e negligência na saúde e higiene podem significar que a criança está sendo vítima de violência. Ficar atento para esses sinais ou sintomas é um papel contínuo dos pais/cuidadores e de profissionais. Na educação das crianças, impor limites não significa bater ou castigar. O diálogo deve ser estimulado desde cedo pelos pais/cuidadores; esse é o caminho. Se você suspeitar que alguma criança está sofrendo violência, procure a Unidade de Saúde, o Conselho Tutelar ou a Vara da Infância e da Juventude, ou ligue gratuitamente para o nº 100. Denunciar é papel de todos nós.