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EXAME FÍSICO GERAL:


Conteúdo Temperatura Pulso Respiração Pressão Arterial Posições para Exames Condição Nutricional Medidas Circunferência Corporal. 3. Temperatura É o grau de calor que o corpo apresenta indicando o equilíbrio entre a produção e eliminação do calor O sistema termorregulador é precisamente equilibrado na relação calor produzido x calor perdido, através de mecanismos fisiológicos e comportamentais 4. Temperatura – Mecanismo Fisiológico Região posterior do hipotálamo: redução do fluxo sanguíneo para pele e músculos através da vasoconstrição Contração muscular voluntária Região anterior do hipotálamo: vasodilatação com redistribuição do sangue para vasos superficiais. 5. Alterações Fisiológicas da Temperatura Sono e repouso – aumenta pela manhã Sono e repouso - diminui pela tarde Emoções – aumenta Fator Hormonal – menstruação aumenta Fator Hormonal – ovulação diminui Desnutrição – diminui Alimentos quentes – aumenta Alimentos frios – diminui Hipotireoidismo – diminui Hipertireoidismo 6. Hipertermia Elevação patológica da temperatura A febre pode ser causada por anormalidades no próprio cérebro ou por substâncias tóxicas que afetam os centros termorreguladores. Substâncias tóxicas são chamadas pirogênios e são liberadas por bactérias ou pelos tecidos em degeneração no organismo. 7. Mensuração Normal Axilar – 36.0 ºC a 36.2 ºC Oral – 36.2 ºC a 36.4 ºC Retal - 36.4 ºC a 36.8 ºC Timpânica – 36.4 ºC a 36.8 ºC . 8. Variações Patológicas 37 a 38 ºC – estado febril 38.1 a 39 ºC – febre 39.1 a 40 ºC – pirexia > que 40 ºC – hiperpirexia 36 a 35.1 ºC – subnormal 35 ºC – colapso < de 35 ºC – colapso álgido Grupo 9. Tipos de Febre Continua Remitente Intermitente Recorrente Grupo Aliança de Enfermagem - Salvando Vidas com Qualidade de Ensino. 10. Febre Contínua Oscilações diárias de temperatura Máxima e mínima não ultrapassam 1 ºC, permanecendo por 24: Comum em pneumonia. 11. Febre Remitente Oscilações vão além de 1 ºC, variando entre 1º a 2º durante 24h Não chega ao normal Geralmente em septicemias. 12. Febre Intermitente Alternância entre febre e pirexia Queda brusca da temperatura com período de Tº normal ou subnormal Comumente associado à malária. 13. Febre Recorrente Há alternâncias de alguns dias de apirexia Geralmente apresenta-se no mesmo horário e associada à neoplasia. 14. Hipotermia Temperatura inferior a 36 ºC Observa-se geralmente na fase final de declínio da febre com graduações de até 34 a 35 graus por alguns dias, elevando-se ao normal Há diminuição correspondente das pulsações de dos movimentos respiratórios Difere de colapso. 15. Fatores Relacionados Hipovolemia Choque hemodinâmico Inanição crônica Uremia Coma diabético Drogas. 16. Técnica de Verificação da Temperatura Finalidade Detectar infecções Identificar problemas termorreguladores Auxiliar no diagnóstico Auxiliar o tratamento. 17. Técnica de Verificação da Temperatura Locais Oral Axilar Retal Timpânico. 18. Técnica Axilar Lavar as mãos Reunir o material (em bandeja) e levar ao quarto, próximo ao paciente Explicar o procedimento Fazer desinfecção do termômetro Agitar o termômetro de coluna de Hg para que desça ao bulbo Secar a região axilar Colocar o termômetro na região axilar posicionando o membro do cliente sobre o tórax. 19. Técnica Axilar Manter nesta posição por 7 a 10 minutos Verificar o valor Agitar novamente para o Hg descer Limpar novamente o termômetro Guardar o material em local apropriado Lavar as mãos Checar na prescrição e fazer a anotação. 20. Observação Se for utilizado quadro gráfico marcar com caneta azul e, o tracejado será contínuo. 21. Técnica para Aferição de Temperatura Oral Dispor de termômetro individual para cada paciente Colocar o termômetro lateralmente com bulbo embaixo da região lateral da língua, ao centro da mandíbula Orientá-lo a manter os lábios cerrados Manter durante 03 minutos com termômetro de mercúrio e durante 60 segundos com termômetro descartável ou até um sinal audível com termômetro eletrônico. 22. Atenção! Contra indicada em crianças, idosos, doentes graves, inconsciente e psiquiátricos, portadores de lesões orofaríngeas, após fumar, após ingestão de alimentos gelados ou quentes O uso do termômetro deverá ser individual. 23. Técnica para Aferição de Temperatura Retal Dispor de termômetro individual para cada paciente Posição de sims Lubrificar a ponta do termômetro (soro fisiológico 0,9%) Afastar as nádegas com gaze ou papel higiênico. Inserir no ânus delicadamente em direção ao umbigo (1,2 cm para crianças e 3,5 cm para adultos); nunca forçar Manter por 3 minutos, retirar o material fecal e fazer a leitura Lavar com água e sabão e deixar em solução desinfetante. 24. Técnica para Aferição de Temperatura Timpânica É a mensuração mais precisa da temperatura central Inserir a ponta no canal auricular Aplicar uma pressão leve e firme Ligar o aparelho e deixar na posição até que o sinal audível ou visual indique a medida. 25. Conversão Celsius para Fahrenheit ºF = ºC x 1,8 + 32 Fahrenheit para Celsius ºC = ( ºF – 32 ) / 1,8. 26. Pulso É a distensão ou pulsação dos vasos sanguíneos produzida por uma onda de sangue que é enviada pelo ventrículo esquerdo cada vez que se contrai. 27. Objetivos Tensão Ritmo Frequência. 28. Tensão É a força com que o pulso bate Cheio Fino Filiforme . 29. Ritmo É a cadência com que o pulso bate Regular ou rítmico Irregular ou arrítmico Pulso dicrótico Extrassístole. 30. Frequência Número de batimentos por minuto Normocárdico Taquicárdico: acima do normal Bradicárdico: abaixo do normal . 31. Escala de Valores Normais de Acordo com Idade: Rn................120 a 160 batimentos por minuto Lactentes.......90 a 140 batimentos por minuto Pré-escolar....80 a 110 batimentos por minuto Escolar...........75 a 100 batimentos por minuto Puberdade.......60 a 90 batimentos por minuto Adulto homem.........60 a 80 batimentos por minuto mulher..........65 a 70 batimentos por minuto > de 60 anos....60 a 70 batimentos por minuto. 32. Fatores Influentes que Aumentam a Frequência Exercícios físicos Febre Calor Dor aguda Ansiedade Atropina Ficar em pé ou sentado Emoções Banho frio Digestão. 33. Fatores Influentes que Diminui a Frequência Dor crônica intensa contínua Digitálicos Beta-bloqueadores Antiarrítmicos Posição do corpo deitado. 34. Pulsos Arrítmicos (Irregulares) Pulso Parvus Pulso Anacrótico Pulso Dicrótico Pulso Bisferiens Pulso Paradoxal. 35. Pulso Parvus Pequena amplitude, mas com figuração normal Acontece nos casos de baixo débito. 36. Pulso Anacrótico Composto de uma onda principal lenta e de baixa amplitude e que ocorre na estenose aórtica. 37. Pulso Dicrótico Impressão de dois batimentos. 38. Pulso Bisferiens Duplo batimento na sístole e que ocorre na hipertensão arterial e na dupla lesão aórtica. 39. Pulso Paradoxal Pulso que durante a inspiração profunda diminui acentuadamente a sua amplitude. Ele é um exagero do normal e ocorre na pericardite constritiva. 40. Locais de Aferição Pulso temporal Pulso carotídeo Pulso apical Pulso radial Pulso ulnar Pulso braquial Pulso femoral Pulso poplíteo Pulso tibial posterior Pulso pedioso. 41. Pulso Temporal Palpar ao longo dos ossos temporais-esfenóides. 42. Pulso Carotídeo Margem medial do músculo esternocleidomastoideo. 43. Pulso Apical Localizar o 5º espaço intercostal na linha médio clavicular. 44. Pulso Radial Face externa do punho. 45. Pulso Ulnar Face interna do punho, menos proeminente. 46. Pulso Braquial Face anterior do cotovelo, interna. 47. Pulso Femoral Posição supina, entre a sínfise púbica e espinha ilíaca ântero-superior. 48. Pulso Poplíteo Localizado atrás do joelho flexionado, palpar profundamente lateral a linha média. 49. Pulso Tibial Posterior Lado interno do maléolo, colocar os dedos atrás e abaixo. 50. Pulso Pedioso Ao longo do dorso do pé, alinhado com o sulco entre os tendões extensores do grande e o primeiro artelho. 51. Técnica do Controle do Pulso - Finalidade Avaliar condições hemodinâmicas do cliente e detectar arritmia cardíaca. 52. Técnica do Controle de Pulso Lavar as mãos Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, com o braço sempre apoiado Explicar o procedimento. Colocar os dedos médio e indicador sobre uma artéria superficial do paciente, comprimindo-a levemente Contar os batimentos durante um minuto (utilizar relógio com ponteiro de segundos). Lavar as mãos Checar na prescrição e anotar Se utilizar quadro gráfico marcar com caneta vermelha e tracejado contínuo. 53. Observações Ter as mãos aquecidas Nunca fazer pressão muito forte sobre a artéria Nunca contar o pulso do paciente após esforço físico Certificar-se primeiro do ritmo, depois contá-lo Em casos de pacientes atletas, o pulso poderá apresentar-se com freqüência diminuída (condicionamento físico). 54. Técnica do Controle do Pulso Apical Lavar as mãos Explicar o procedimento Colocar o diafragma do estetoscópio na parte esquerda do tórax na altura do 4º espaço intercostal Auscultar e contar os batimentos cardíacos por um minuto Guardar o material utilizado Lavar as mãos Checar a prescrição e anotar o valor obtido . 55. Respiração É regulada e mantida em movimentos rítmicos pelos centros respiratórios, fibras nervosas do SNA e pela composição química do sangue. 56. Fatores Influentes que Aumentam a Respiração Exercício (frequência e profundidade) Febre e calor Dor aguda (frequência, profundidade e altera o ritmo) Ansiedade (frequência, profundidade e altera o ritmo) Anfetamina e cocaína (frequência e profundidade) Postura ereta (expansão pulmonar completa) Da infância à idade adulta a capacidade pulmonar aumenta. 57. Fatores Influentes que Diminuem a Respiração Senescência – a profundidade diminui Postura relaxada – redução da frequência e volume. 58. Alterações da Respiração Apnéia – parada respiratória Dispnéia – dificuldade e dor ao respirar Hiperpnéia – aumento da profundidade com frequencia normal Eupnéia – respiração normal para a idade (ritmo, frequência, e profundidade) Hipoventilação – diminuição da frequência e da profundidade Hiperventilação – aumento da frequência e da profundidade. 59. Frequência Respiratória Nº de movimentos por minuto Taquipnéia – aumento da frequencia da respiração Bradipnéia – diminuição da frequência. 60. Escala de Valores Normais – de acordo com a Idade. Rn....................- 40 a 45 mrpm Lactentes.........- 25 a35 mrpm Pré-escolares...– 20 a 35 mrpm Escolares.........– 18 a 22 mrpm Adultos homem 16 a 18 mrpm mulher 18 a 20 mrpm. 61. Ritmos Anormais Cheyne Stokes (ciclopnéia) Kussmaul Biot . 62. Cheyne Stokes Movimentos respiratórios cada vez mais amplos e rápidos Faz um período mais ou menos prolongado de apnéia Reinicia o ciclo Diminuição da frequência, seguido de um período de apnéia (20s). O ciclo da respiração dura em média 30 a 40 segundos antes de cada episódio de apnéia. 63. Kussmaul Amplos movimentos inspiratórios e expiratórios Períodos de apnéia ao fim de cada um dos movimentos Aumento da freqüência e da profundidade Respiração difícil e semelhante à respiração “ arfante”. 64. Biot Pausas apnéicas de duração variável No intervalo destas pausas, os ciclos respiratórios podem ser regulares ou anárquicos Irregular, as incursões respiratórias podem ser superficiais ou profundas e cessam por curtos períodos. Depressão respiratória e lesão cerebral no bulbo. 65. Técnica de Verificação Contar a respiração por um minuto Anotar a seguir Se marcar em gráfico, será em azul e o tracejado pontilhado. 66. Observações Não deixar que o paciente perceba que estão sendo contados os movimentos respiratórios, para isso, segurar o antebraço como se estivesse verificando o pulso. Contar os movimentos respiratórios durante 1 ( um ) minuto completo. 67. Pressão Arterial É a pressão que o sangue exerce dentro das artérias Tem como unidade padrão de medida milímetros de mercúrio ( mmHg ) Depende: força de contração do coração resistência periférica volume de sangue circulante viscosidade do sangue elasticidade das paredes dos vasos. 68. Itens Conservadores da Pressão Arterial Força de contração do coração Resistência periférica Volume de sangue circulante Viscosidade do sangue Elasticidade das paredes dos vasos. 69. Pressão Sistólica (máxima) Ocorre quando o ventrículo esquerdo do coração empurra o sangue até a aorta É a pressão mais elevada verificada nas artérias durante a fase de sístole do ciclo cardíaco. 70. Pressão Diastólica (mínima) Está presente continuamente nas paredes arteriais É a pressão arterial mais baixa detectada no sistema arterial sistêmico, observada durante a fase de diástole do ciclo cardíaco. 71. Débito Cardíaco É o volume de sangue bombeado por um ventrículo por unidade de tempo. É determinado pela relação entre freqüência cardíaca e o volume sistólico DC = VS x FC. 72. Pressão Arterial Normal no Adulto (OMS) Sistólica igual ou inferior a 140 mmHg Diastólica igual ou inferior a 90 mmHg. 73. Hipertensão Arterial Sistólica igual ou superior a 160 mmHg Diastólica igual ou superior a 95 mmHg. 74. Hipertensão Limítrofe Sistólica entre 140 e 160 mmHg Diastólica entre 90 e 95 mmHg. 75. Hipertensão Leve Sistólica 160 a 179 mmHg – 140 a 159 mmHg Diastólica 95 a 140 mmHg – 90 a 99 mmHg. 76. Hipertensão Moderada Sistólica 180 mmHg a 199mmHg – 160 a 179 mmHg Diastólica 105 mmHg a 114 mmHg – 100 a 109 mmHg 77. Hipertensão Grave Sistólica igual ou acima de 200 mmHg - > 180 mmHg Diastólica igual ou acima de 115 mmHg - > 110 mmHg 78. Classificação da Pressão Arterial segundo o V Joint National Committee. >120 >210 Hipertensão gravíssima 110 - 119 180 - 209 Hipertensão grave 100 - 109 160 - 179 Hipertensão Moderada 90 - 99 140 - 159 Hipertensão Leve 85 - 89 130 - 139 Normal Alta <85 <130 Normal Diastólica Sistólica Categoria 79. Fatores que Influenciam na Pressão Arterial Aumentam: enfermidades renais, avc, arterioesclerose Diminuem: febre, hemorragia, tuberculose. 80. Pressão Convergente Sistólica se aproxima da diastólica. 81. Pressão Divergente Sistólica se distancia da diastólica. 82. Técnica de Aferição da Pressão Arterial A PA deve ser aferida no seu modo mais simples, no braço, com o indivíduo tranquilamente sentado e o braço apoiado numa superfície plana. Antes da medida da PA, deve-se tomar dados relativos à sua identificação, às suas queixas e a sua história pregressa. 83. Técnica de Aferição da Pressão Arterial O braço deverá estar apoiado numa mesa, numa altura confortável. – o ponto médio do braço deverá estar à mesma altura do coração – Linha axilar média O braço deve estar relaxado, livre de roupas e a manga da camisa ou da blusa não deverá exercer nenhum efeito constritor, a mão também deverá estar aberta e relaxada. 84. Técnica de Aferição da Pressão Arterial A braçadeira deve cobrir 2/3 do comprimento do braço; a borda inferior deve ficar dedos acima da prega do cotovelo, de modo a deixar livre a artéria braquial O esfigmomanômetro deve estar corretamente calibrado 85. Técnica de Aferição da Pressão Arterial A parte média da braçadeira que contém o manguito (bolsa de ar) deve estar acima da artéria braquial, para que possa pressioná-la contra o úmero Ao se iniciar o procedimento deve-se verificar se o ponteiro do manômetro aneroide ou o nível da coluna de mercúrio estão precisamente no ponto zero. 86. Técnica de Aferição da Pressão Arterial A artéria braquial deve ser palpada com os dedos indicador e médio, de modo a localizá-la com precisão à altura da prega do cotovelo. As peças auriculares (olivas) do estetoscópio devem estar firmemente colocadas nos ouvidos e a campânula em cima da artéria, no ponto onde ela passa a se chamar braquial; deve-se tocar de modo firme toda a superfície da pele. 87. Técnica de Aferição da Pressão Arterial A mão dominante segura a pêra de borracha do aparelho e fecha a válvula delicadamente Insufla-se a pêra bombeando-se rapidamente, de modo a elevar o ponteiro do manômetro ou o menisco da coluna de mercúrio 20 a 30 mm acima do ponto onde o ruído de Korotkoff desaparece. 88. Técnica de Aferição da Pressão Arterial A campânula deve ser mantida firmemente sobre o braço do paciente, observando-se o mostrador e abrindo-se vagarosamente a válvula de controle de ar. A queda da pressão deve ser lenta,a uma velocidade de 2 a 3 mmHg. 89. Técnica de aferição da Pressão Arterial O aparecimento do primeiro ruído (ruído de Korotkoff) *representa a pressão sistólica O desaparecimento do último ruído (quinto Korotkoff) representa a pressão diastólica. Deve-se aguardar alguns minutos antes de se verificar novamente A reinsulfação do manguito antes dos 30 segundos pode acarretar estase venosa, que interferirá na leitura correta da PA. 90. Sons de Korotkoff* K1 Som súbito, forte, bem definido, que aumenta em intensidade . A pressão da bolsa iguala-se a pressão sistólica , ocorre passagem parcial da onda de pulso arterial . K 2 Sucessão de sons soprosos, mais suaves e prolongados (qualidade de sopro intermitente) . Decorre de mudança no calibre arterial (de estreito para mais largo) com criação de fluxo turbilhonado - o qual produz vibração do sangue e da parede arterial - produzindo sopros . 91. Sons de Korotkoff K3: desaparecimento dos sons soprosos e surgimento de sons mais nítidos e intensos (semelhantes ao da fase I), que aumentam em intensidade. À medida que a pressão na bolsa em adicionalmente diminuída, a artéria permanece aberta na sístole mas permanece fechada na telediástole ( diástole tardia). K 4:os sons tornam-se abruptamente mais suaves e abafados, são menos claros. A pressão da bolsa encontra-se no nível da pressão diastólica intra-arterial. 92. Sons de Korotkoff K5: desaparecimento completo dos sons A artéria permanece aberta durante todo o ciclo cardíaco Segundo as recomendações da American Heart Association devemos considerar a pressão na qual o som inicialmente aparece (início da fase I ou K1) como a pressão arterial sistólica. 93. Considerações Para a determinação da pressão arterial diastólica ainda existem discussões sobre qual fase dos sons de Korotkoff (K4 - início do abafamento ou K5 - desaparecimento do som) melhor corresponde a ela. Quando se compara a medida intra-arterial (direta) da pressão arterial com a medida indireta, observa-se que o desaparecimento dos sons (K5) se correlaciona melhor com a pressão diastólica do que o abafamento (K4). Assim, atualmente a pressão diastólica é definida, em adultos, pelo início da fase V (K5). 94. Considerações Em crianças com menos de 13 anos, gestantes e pacientes com débito cardíaco alto ou com vasodilatação periférica, onde os sons podem ser ouvidos até aproximadamente 0 mmHg, por motivos práticos, o abafamento (fase IV ou K4) deve ser utilizado como indicativa da pressão diastólica, entretanto ambos (K4 e K5) devem ser registrados (p. ex. PA = 120/50/10 mmHg). 95. Mudança de Posição A resposta normal quando uma pessoa fica em pé ou sai da posição de decúbito, inclui uma queda da PA sistólica de até 15 mmHg e uma leve queda ou aumento da diastólica de 5 a 10 mmHg. Pode ocorrer hipotensão postural (ortostática), que se acompanha de tontura ou síncope. As três causas mais comuns da hipotensão ortostática: depleção do volume intra-vascular,mecanismos vasoconstritores inadequados e efeito autônomo insuficiente sobre a constrição vascular. 96. Método Palpatório Insufla-se o manguito, fechando-se a válvula e apertando-se a “ pera” rapidamente até o desaparecimento do pulso radial Verifica-se o valor e acrescenta-se 30 mmHg. Após, desinsufla-se lenta e completamente o manguito até o aparecimento do pulso, o que é considerado a pressão arterial sistólica. Desinsufla-se a seguir o manguito rapidamente. O método palpatório só permite a verificação da pressão arterial máxima 97. Hiato Auscultatório É um intervalo durante o qual os sons de Korotkoff não são audíveis mesmo sendo a pressão no interior da bolsa inflável elevada, entretanto inferior a pressão sistólica. Este intervalo geralmente ocorre no final da fase I ou II (podendo ter duração de até 40 mmHg). 98. Hiato Auscultatório A principal causa associada ao aparecimento do hiato auscultatório é a redução do fluxo sanguíneo para região distal a bolsa inflável, por aumento da pressão venosa ou outras causas, ele é observado principalmente em idosos hipertensos com arteriosclerose ou estenose aórtica severa. 99. Hiato Auscultatório O hiato auscultatório pode ser responsável por medidas de pressão sistólica falsamente baixas ou pressão diastólica falsamente elevadas. 100. Hiato Auscultatório O primeiro erro decorre da não auscultação dos sons de Korotkoff iniciais. Para evitá-lo é fundamental que seja realizada a medida da pressão arterial pela técnica palpatória, assim após determinada a pressão sistólica por este método, realiza-se a técnica auscultatória, agora insuflando a bolsa 40 mmHg acima da pressão sistólica determinada pelo método palpatório. 101. Hiato Auscultatório O segundo erro é devido ao desaparecimento temporário dos sons de Korotkoff após sua ausculta inicial - causando medidas falsamente elevadas da pressão diastólica, para evitar este erro deve-se ficar atento à ausculta durante a desinsuflação do manguito por pelo menos 40 mmHg após o seu desaparecimento. 102. Pressão Arterial Média -PAM Pressão arterial média PAM = PD = 1/3 ( PS – PD ). 103. Fatores que Afetam a Aferição da Pressão Arterial Medida falsamente alta: Manguito demasiadamente estreito extremidade Manguito frouxo na extremidade Inclinação do manômetro distante do observador Braço abaixo do nível do coração Verificações em rápida sucessão Encher novamente o manguito após perder uma leitura sistólica ou diastólica sem esvaziar totalmente o manguito e aguardar 30 segundos Deixar a pressão cair muito rapidamente. 104. Fatores que Afetam a Aferição da Pressão Arterial Medida falsamente baixa: Manguito largo para a extremidade Manguito muito apertado para extremidade Manga da camisa arregaçada apertando o braço constrição do fluxo sanguíneo Braço acima do nível do coração = 13 a 17 mmHg + baixa Colocação do estetoscópio sobre o manguito durante a ausculta Deixar a a pressão cair muito rapidamente. 105. Observações Importantes A braçadeira onde o manguito se encontra, deve respeitar a faixa etária, respeitando, obviamente as medidas do membro. É importante que tanto a largura da braçadeira como o comprimento (envolvendo 2/3 do braço do cliente) da mesma devem estar adequados. 106. Medidas da Largura da Braçadeira Recomendadas pela American Heart Association Menores de 01 ano 2,5 cm De 1 a 4 anos 5 a 6 cm De 4 a 8 anos 8 a 9 cm Adultos normais 12,5 cm Adultos obesos 14 cm. 107. Medidas da Largura da Braçadeira Recomendadas pela American Heart Association Prematuros 03 cm Rn a 02 anos 4,5 cm 02 a 04 anos 07 cm 05 a 09 anos 10 cm 10 a 14 anos 13 cm 108. Variações Normal – quando o indivíduo toma a posição ortostática, a sistólica diminui e a diastólica aumenta Hipertenso – quando na posição ortostática, tanto a sistólica com a diastólica aumenta. 109. Variações Fisiológicas Idade - em crianças é nitidamente mais baixos do que em adultos Sexo - na mulher é pouco mais baixa do que no homem, porém na prática adotam-se os mesmos valores Raça - as diferenças em grupos étnicos muito distintos talvez se deva à condições culturais e de alimentação. Sono - durante o sono ocorre uma diminuição de cerca de 10% tanto na sistólica como na diastólica. Emoções - há uma elevação principalmente da sistólica. Exercício físico - provoca intensa elevação da PA, devido ao aumento do débito cardíaco, existindo curvas normais da elevação da PA durante o esforço físico. (testes ergométricos). Alimentação - após as refeições, há discreta elevação, porém sem significado prático. 110. Posição para Exames e Tratamentos Sentada: cliente sentado com o tórax elevado. Usado para exames da cabeça, braços e tronco Ereta ou ortostática: Em pé, mantendo a coluna alinhada e os pés ligeiramente afastados. Para verificar a atividade motora, marcha, postura e equilíbrio 111. Posição para Exames e Tratamentos Supina: Decúbito dorsal, braços estendidos ao longo do corpo e pernas estendidas ou ligeiramente fletidos. Pode-se colocar um travesseiro sob a cabeça para conforto. Usada para exame do tórax, parte anterior do abdome e extremidades Prona: Decúbito ventral com a cabeça virada para um dos lados, braços abduzidos para cima com os cotovelos fletidos e pernas estendidas. Usada para exame da parte posterior do tórax, regiões cervical, lombar e glútea. 112. Posição para Exames e Tratamentos Sims: Decúbito lateral esquerdo, com os braços posicionados de maneira confortável para o paciente, perna direita ligeiramente mais fletida que a esquerda e apoiada sobre a cama. Colocar travesseiro para conforto. Usada para exames do reto e lavagem intestinal Litotomia: Paciente em decúbito dorsal, com as pernas afastadas, joelhos fletidos e pés apoiados sobre a cama. Usada para exames dos órgãos genitais. 113. Posição para Exames e Tratamentos Genupeitoral: Ajoelhado, mantendo os joelhos afastados, com peito apoiado sobre a cama e a cabeça lateralizada sobre os braços. Exames do reto Tredelemburg: Decúbito dorsal, em plano inclinado, de forma a manter a cabeça mais baixa em relação ao corpo. Usada em casos de edema, hemorragia. 114. Posição para Exames e Tratamentos Fowler: Decúbito dorsal, com o tronco elevado em ângulo de 45º. Colocar travesseiro para conforto. Usada após cirurgia de tireóide, para drenagem torácica, quando de dispnéia Ginecológica: Decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, afastadas. Usada para exame dos órgãos genitais, cirurgias, partos, sondagem vesical feminina. 115. Condição Nutricional Ingestão dos alimentos Absorção Aproveitamento dos nutrientes. 116. Condições que Influenciam Fatores sociais Econômicos Saneamento ambiental Presença de doenças que interferem no desenvolvimento normal Impedimento do organismo de atingir o máximo de suas potencialidades. 117. Compreende Antropometria Inquéritos alimentares Exame clínico Exames bioquímicos Composição corporal. 118. Métodos mais Utilizados Antropometria compreende Peso Estatura Circunferência corporais (crânio, braço, cintura e quadril) Pregas/dobras cutâneas (triciptal, biciptal, supra-ilíaca, subescapular) Tamanhos de segmentos corporais. 119. Medidas Peso: balança manual ou eletrônica devidamente aferida Tara determinada, confirmando marca zero Paciente deve ser posicionado no centro da balança, com o peso igualmente distribuído entre dois pés, com o mínimo de roupas. 120. Medidas Estatura: régua antropométrica (cç até 36 meses), Antropômetro ou fita métrica. OBS: Para pacientes que não deambulam usar fita métrica, lateral da cama Para pacientes com dificuldade de se manter ereto. Fletir a perna sobre a coxa a 90º posicione a régua antropométrica paralela a perna entre a parte superior do joelho e a base do calcanhar e usar a fórmula 121. Fórmula. Estatura do homem: 64,19 – [0,04 x a idade (anos)] + 2,02 x CP (cm) Estatura da mulher: 84,88 – [0,24 x a idade (anos)] + 1,83 x CP (cm). 122. Circunferência Corporal Crânio: acompanhamento em cças. Em idade pré-escolar Punho: associado à altura pode ser útil p/ compleição do delta Cintura-quadril: Medir a gordura intra-abdominal, e avaliar risco vascular Circunferência do braço: amplamente usada (com fita métrica, em terço médio do braço) Pregas ou Dobras Cutâneas: Monitorizar a quantidade de gordura existente no organismo. 123. Índice de Massa Corpórea Adolescentes e adultos devem ser avaliados com a mesma equação IMC= PESO (Kg) Altura x Altura. 124. Tabela de Valores. OBESIDADE SEVERA Acima de 50 kg OBESO MÓRBIDO 40/50 kg OBESO 30/40 kg SOBREPESO 25/30 kg NORMAL 20/25 kg CONDIÇÃO IMC 125. Estado Nutricional. > 40 OBESIDADE CLASSE III 35 - 39 OBESIDADE CLASSE II 30 – 34,9 OBESIDADE CLASSE I 25 – 29,9 SOBREPESO 18,5 - 25 PESO NORMAL < 18,5 DESNUTRIDO IMC (Kg/m²) ESTADO NUTRICIONAL 126. Exame Clínico* Complementa a avaliação, verificando as características físicas sugestivas de carência alimentar em pele e anexos, fígado, boca, língua, etc. 127. Exames Bioquímicos* Massa protéica somática (massa muscular): creatinina urinária/24h 128. Avaliação Imunológica A imunidade celular são feitas pela contagem de linfócitos totais e os testes de hipersensibilidade (cutâneos). 129. Avaliação do Estado Nutricional Adipômetro: compasso especial destinado à mensuração da prega cutânea, sua escala é em milímetros quadrado. É um valioso auxiliar na avaliação do estado nutricional do paciente e a prega tende a refletir os estoques adiposos do organismo. É prático, rápido e seguro. 130. Técnica do Adipômetro A medida é tomada no ponto central do braço O paciente deve permanecer com o braço em extensão Na dobra da gordura atrás da parte superior do braço (tríceps), o examinador deve apertar a pele e gordura subcutânea, entre o polegar e o dedo indicador, 1 cm acima do ponto central. 131. Técnica do Adipômetro A prega deve ser levemente removida do tecido muscular A boca do adipômetro deve ser colocada acima da prega cutânea no ponto central, enquanto continua-se a apertar a prega Forçar até que as linhas do adipômetro estejam alinhadas A leitura é feita após 3 segundos Deve ser feito o procedimento por três vezes. 132. Índices em Adultos. 9,9 mm 11,6 mm 13,2 mm 14,9 mm 16,5 mm FEMININO 7,5 mm 8,8 mm 10,0 mm 11,3 mm 12,5 mm MASCULINO 60 % NORMAL 70 % NORMAL 80% NORMAL 90% 133. Índice em Crianças de 0 à 5º Anos. 9,4 mm 9,1 mm 60 10,2 mm 9,3 mm 48 9,7 mm 9,3 mm 36 10,1 mm 10,0 mm 24 10,2 mm 10,3 mm 18 10,2 mm 10,3 mm 12 10,0 mm 10,0 mm 6 6,5 mm 6,0 mm (NASCIMENTO CUTÂNEA FEMININO PREGA MASCULINO IDADE (MESES)


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